domingo, 15 de janeiro de 2012

Vendedor

Postado por Tees.Studio às 01:07



O sol brilhava no chão de concreto, os sons frenéticos da rua iam e vinham com os carros. E eu olhava para tudo e não sabia explicar o que estava fazendo ali, o que procurava naqueles rostos e que cheiro queria sentir.
Tive que fazer dali meu lugar, meu tempo, minha vida. Olhei em volta e nada encontrava. Sozinha, quem perguntar? Ao vendedor de cata-ventos? Ao vendedor de algodão doce? Será que eles como vendedor saberia onde se encontra a paz e a felicidade?
O sol se foi e continuei sem saber onde estavam elas: a paz e a felicidade.
A noite surgiu e a lua me recebeu com um sorriso. E eu continuava sozinha, mas agora eu estava no terraço quando a minha conversa com a lua ia se desenrolando. Ao deitar, dormir tranqüila, em paz e feliz.
Quando o sol voltou me desejou um “Bom dia”! Naquele momento vi que tinha encontrado o verdadeiro vendedor da paz e da felicidade.
Eu tinha dormido com ele. 
M.A.

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O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

Fernando Pessoa
 

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