A felicidade não escolhe dia nem momento para entrar na alma,
e quando entra, Eita! que fica difícil de sair e não deixar marcas. Ela pode
até dá uma voltinha pelo mundo e demorar pra voltar, mas o espaço um dia
preenchido por ela fica lá, exatamente como ela deixou. Este vazio fica cheio de poeira e de eco, mas
o espaço continua sendo, exclusivamente dela, da felicidade. Sem dizer o motivo
ela resolveu passear e ficar em outros lares e deixou o lugarzinho dela aqui
sem nada e ninguém.
Nesse vão o sentimento tem todo o espaço para brincar de
esconde- esconde com o tempo. Esse ai, o
tempo consegue de uma forma se esconder neste vazio, deixado pela felicidade,
que nada acontece, nada passa, nada aparece, nada soa, nada ilumina, nada abre.
Enquanto o sentimento se cansa, sofre e corre atrás do
tempo, a felicidade tá batendo lá na porta, mas o sentimento tão louco pra
achar e acabar logo com este tempo não ver quem está esperando por ele lá fora no
mundo que não existe espaço para o medo.
O medo que o sentimento carrega o deixa só ver o espaço e o
vazio que foi deixado pela felicidade, assim ele continua brincando de
esconde-esconde com o tempo. Sem se dar
conta que a felicidade o espera com seus grandes olhos abertos.
M.A.